Alimentos transgênicos: o que o governo quer esconder da população?

Em um relatório apresentado ao Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) no mês de Julho de 2013, o engenheiro Leonardo Melgarejo fez revelações graves e contundentes sobre os alimentos transgênicos no Brasil.

Segundo o relatório, todos os atuais plantios de organismos geneticamente modificados realizados em solo brasileiro são ilegais.

Para Melgarejo, engenheiro da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), “As normas não estão sendo respeitadas, as restrições estabelecidas para controle da contaminação são ineficazes, e as avaliações atestando a segurança ao consumo são frágeis e insuficientes.”.

Resumindo, a população brasileira pode estar consumindo, sem saber, alimentos geneticamente modificados que podem prejudicar a saúde. E isto inclui o milho NK603. (Veja Abaixo)

O milho cancerígeno

Segundo um estudo publicado em 19 de setembro de 2012 pela revista Food and Chemical Toxicology, ratos alimentados com milhos geneticamente modificados, do tipo NK603, morreram antes e sofreram de câncer com mais frequência que os demais.

O estudo, liderado pelo professor frânces Gilles-Eric Seralini, da Universidade de Caen, na França, gerou um enorme impacto entre as autoridades científicas no mundo. Uma das partes que mais chocou os cientistas foi a imagem de ratos com tumores gigantescos (imagem abaixo), que, de acordo com a pesquisa, foram causados pelo consumo do milho NK603.

O mais impressionante é que este tipo de milho tem o aval dos órgãos reguladores e do governo federal para ser cultivado e comercializado no Brasil. Provavelmente, você já consumiu ou ainda irá consumir o milho NK603.

CTNBio x CTNBio

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), é um órgão federal que regula e estabelece normas técnicas de segurança relativas aos organismos geneticamente modificados.

A CTNBio vive um período de controvérsias. No mês de Abril deste ano, a comissão liberou o cultivo do milho transgênico NK603. O próprio presidente da Comissão, Flávio Finardi, emitiu parecer desprestigiando o estudo realizado pelo professor Seralini.

Na mesma reunião, realizada em Brasília, a CTNBio, não aprovou, por maioria de votos, parecer apresentado por 14 integrantes e ex-integrantes da comissão que apoiavam o estudo francês, considerando-o como necessário para suspender a autorização do plantio e liberação comercial do milho NK603.

Como pode ser observado, uma parte do colegiado da CTNBio está tentando avisar à toda população que algo muito grave está ocorrendo.

Inconstitucional

Segundo o Instituto de defesa do consumidor (Idec), “A decisão da CTNBio contraria, inclusive, o art. 225 da Constituição Federal, que determina que em situações no qual existam ameaças sérias e irreversíveis à saúde e ao meio ambiente, deve-se evitar tais ameaças, mesmo que ainda não exista prova definitiva do dano.”.

Em outubro de 2012, o Idec assinou junto a outras entidades um ofício de urgência pedindo a suspensão da liberação comercial do milho transgênico NK603 no Brasil. Porém, nada mudou até o momento.

Interesses particulares

Ainda segundo o relatório apresentado por Leonardo Melgarejo, o cultivo de organismos geneticamente modificados “têm sido, até agora, uma violação das normas legais estabelecidas”.

Em entrevista concedida ao à equipe de comunicação da 12ª Jornada de Agroecologia, Melgarejo afirma que órgãos do governo, como o Ministério da Agricultura, dão aval as empresas para a produção de transgênicos, mesmo sabendo que estes alimentos podem causar riscos à saúde dos consumidores. Estranho, não?

A pergunta que fica é: por que o governo não toma uma atitude com relação ao problema? Será que os transgênicos estão sendo ilegitimamente aprovados para atender aos interesses corporativos?

São perguntas sem respostas. Um mistério total envolve a produção de transgênicos no Brasil. A verdade é que, infelizmente, nesse caso, a sua saúde está correndo sério risco.

Com a palavra, o governo…

Links úteis

– Lista de alimentos com ou sem transgênicos do Greenpeace.
– Relatório Leonardo Melgarejo para o Consea.

Referências

– Idec
– Gmwatch.com
– Pratoslimpos.org.br

 

 

Comente com sua conta do Facebook